Chat GPT: quais os obstáculos para a segurança da informação e a propriedade intelectual?
Sabe-se que o tema Chat GPT está sendo muito falado, mas a abordagem desse texto é mais uma reflexão de como essa ferramenta pode afetar na área de segurança da informação e sobre os entraves que ela traz para a propriedade intelectual.
O que é Chat GPT?
GPT (Generative Pretrained Transformer) é um modelo de linguagem baseado em redes neurais, conceito intimamente ligado à inteligência artificial.
O ChatGPT é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI especializado em diálogo. O modelo usa o GPT-3.5, que foi treinado com 175 bilhões de parâmetros. O GPT-4 está prestes a ser lançado e terá mais de 100 trilhões de parâmetros. Ou seja, a ferramenta será capaz de criar conteúdos ainda mais semelhantes ao ser humano.
O alvoroço causado pelo Chat GPT nos últimos meses tem suas razões na enorme expectativa por questões relacionadas ao uso da inteligência artificial para produção de conteúdo, que podem dentre outras coisas benéficas otimizar atividades operacionais e expandir os conceitos de linguagem de programação usados atualmente.
O interesse e volume de investimentos de grandes empresas de tecnologias também é tema frequente quando se fala das possibilidades que esse tipo de ferramenta pode agregar. Google, Microsoft e Meta são alguns dos exemplos que vêm divulgando vultuosas quantias para avançar no uso desse tipo de tecnologia em seus produtos.
Impactos na segurança da informação
O ChatGPT carrega consigo a expectativa (e até a realidade) sobre o uso da ferramenta para aplicações menos nobres, tais como exploração de ameaças, vulnerabilidades e outros golpes. Alguns exemplos já levantados pela nossa parceira Checkpoint mostram que golpistas passaram a usar a plataforma para buscar novos meios de cometer crimes, como por exemplo:
- Roubar arquivos de interesse;
- Instalar ferramentas que permitam a liberação de porta de acesso (backdoor), enviando malwares infectados para um computador;
- Localizar falsos perfis em sites de relacionamentos e reativação de conversas ociosas;
- Expandir o uso de phishing.
Contudo, alguns diretores de TI afirmam que o Chat GPT aumentará a segurança cibernética para as empresas. Afinal, há um entendimento otimista de que os profissionais de tecnologia e pesquisa ganharão mais do que os cibercriminosos com os recursos da inteligência artificial.
Independentemente do uso que será dado à ferramenta, seja para otimizar as atividades ou seja para criar novas ameaças, é importante ficar atento, atualizado e protegido para evitar a exposição a novas vulnerabilidades.
Obstáculos para a Propriedade Intelectual
No Brasil, ainda há muita controvérsia sobre quem é o titular dos direitos autorais de conteúdos criados por meio de inteligências artificiais. Afinal, não há previsão legal que defina tal situação. Por analogia, poderíamos considerar que o titular dos direitos autorais seria a empresa criadora do chatbot.
Alguns profissionais de direito entendem que o conteúdo criado deve cair em domínio público, uma vez que a IA não tem personalidade jurídica. Já outros acreditam que a IA seria uma nova versão da caneta. Ou seja, o usuário é o titular dos direitos autorais. No entanto, essas teorias não são muito aceitas por criadores de conteúdo, uma vez que desta forma não haveria estímulo para que novas invenções surgissem.
Além disso, os chatbots também trazem questões críticas sobre plágio, uma vez que essas inteligências artificiais utilizam conteúdo que está disponível na Internet sem conceder os devidos créditos, bem como se eximem das responsabilidades decorrentes de tal uso indevido.
Diante disso, é preciso muita cautela ao utilizar ou compartilhar os conteúdos criados por meio de chatbots. Essa atenção é valida até ter novas normas e que essas ferramentas tenham políticas mais transparentes sobre suas responsabilidades.
Conscientização é o caminho
Com todo o cenário de incertezas que esse tipo de tecnologia traz, é importante reforçar as camadas de proteção mais básicas e efetivas. Investir na conscientização de toda a equipe é um dos melhores caminhos, visando reforçar o fator humano como uma linha de defesa com menor possibilidade de cair nos golpes tradicionais, que com certeza serão amplificados e melhorados.
E para preparar o seu time como uma camada coesa de proteção é fundamental que sua empresa estruture um plano de conscientização sobre os principais temas relacionados à segurança da informação e privacidade.
A Compugraf possui em seu portfólio a solução certa, que permite expandir o nível de conhecimento sobre esses temas de forma divertida e eficaz.
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