Equidade de gênero: o que as empresas podem fazer para promovê-la efetivamente?
No último dia 8 de março, data em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres, vimos diversas manifestações de empresas enaltecendo suas políticas institucionais para a promoção da equidade de gênero. No entanto, infelizmente sabemos que muitos desses discursos são “para inglês ver” ou “para ficar bem na foto”. Na prática tais políticas não se desdobram em ações que efetivamente resultam na redução da iniquidade de gênero ainda muito presente.
Uma pesquisa realizada no Brasil, em 2020, verificou que 36% das funcionárias disseram já ter sofrido preconceito ou abuso por serem mulheres e, quando apresentadas a diversas situações, 76% reconheceram já terem passado por um ou mais episódios de violência e assédio no trabalho.
Faltam iniciativas efetivas. Ou seja, as empresas precisam adotar ações específicas que colaboram para que posições de liderança sejam ocupadas por mulheres, bem como a implementação de programas de conscientização de combate ao machismo e violência contra à mulher.
É fato que a equidade de gênero promove um ambiente de trabalho mais criativo, inovador e torna as empresas mais lucrativas e produtivas. Segundo análise de 2020 da McKinsey & Company, na América Latina, as organizações com equipes executivas diversificadas em termos de gênero têm 14% mais probabilidade de superar a performance de seus pares na indústria.
O que as empresas podem fazer para promover efetivamente a equidade de gênero?
- Ter um canal para denúncias anônimas de casos de assédio e violência contra a mulher;
- Não tolerar a desigualdade salarial entre os gêneros;
- Ascensão e metas de mulheres em cargos com poder de decisão e liderança;
- Recrutamento que promova a equidade de gênero, como por exemplo, não questionar sobre maternidade e utilizar uma linguagem inclusiva;
- Medir, documentar e publicar os progressos para alcançar a equidade de gênero.
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