A adoção de novas tecnologias e o conceito de uma comunicação mais flexível a partir dos dispositivos móveis é uma das apostas das empresas para aumentar a produtividade e a lucratividade, mantendo-se competitivas em um mercado cada vez mais dinâmico.
De acordo com a Check Point Research, mais de 90% dos entrevistados acredita que os ataques cibernéticos tendem a aumentar em um cenário de expansão atômica dos dispositivos móveis.
Uma pesquisa realizada pela Euromonitor International revela que, até 2020, cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo inteiro terão acesso a dispositivos móveis. No Brasil, há alguns anos o internauta usa mais o aparelho celular do que o computador para acessar a internet – pessoas que fazem compras e efetuam o pagamento através de seus aparelhos móveis.
Diante de um cenário tão propício à expansão dos smartphones e dispositivos móveis, é fundamental dedicar atenção a um aspecto essencial a toda organização: a proteção e a privacidade dos dados corporativos, uma vez que o volume compartilhado e armazenado é muito grande.
O que é GDPR – Regulamento Geral de Proteção de Dados?
A GDPR é a lei que passou a determinar, no continente europeu, a necessidade de investir em mecanismos de segurança como forma de prevenir eventuais ataques cibernéticos que causem prejuízo aos sistemas de informação das empresas. Trata-se de uma mudança que começou na comunidade europeia, mas agora já é tendência mundial.
Segundo levantamento feito pela empresa SAS, especialista em analytics, há pouco tempo da implantação do GDPR, apenas 7% estão aptas a atuar com a lei em vigor. Ainda assim, a ideia é vencer as barreiras para harmonizar as leis de dados privados por toda a Europa, protegendo e empoderando a todos os cidadãos.
Uma das questões discutidas na nova lei, por exemplo, é a política de armazenamento e o eventual vazamento de dados de clientes. Agora, todas as empresas que se enquadrarem na GDPR serão obrigadas a informar, tanto o governo quanto a população, sobre o vazamento de dados. Ter uma posição clara sobre o acontecido só pode beneficiar a empresa a evitar futuras ocorrências.
Já no Brasil, em agosto de 2018 foi sancionado o Projeto de Lei da Câmera 53/2018 – alterando a lei 12.965 (Marco Civil da Internet) -, que estabelece a lei brasileira de proteção e tratamento de dados pessoais, declaradamente inspirada na GDPR. A nova lei nacional deverá entrar em vigor em março de 2020, dando tempo às empresas para se adaptarem.
A pesquisa da Check Point, que levou em conta a opinião de 850 organizações sobre a utilização de dispositivos móveis entre 2016 e 2017, contabilizou que as empresas sofreram, em média, 54 ataques de malware móvel. Cerca de 89% das empresas ficaram sujeitas ao risco na conexão wi-fi.
Uma das justificativas para isso é o roteamento e o desbloqueio dos aparelhos. De acordo com os estudos, esses processos eliminam toda a segurança integrada que é oferecida por sistemas operacionais como iOS e Android.
Quando o levantamento passou a considerar outros setores, ficou evidente que o segmento da tecnologia ostenta o maior número de dispositivos protegidos na amostra, com 32%. Os serviços financeiros, como corretoras, bancos e fintechs aparecem em segundo lugar, com 21% de proteção dos dispositivos.
Os fabricantes, empresas de telecomunicação, agências públicas e o varejo completam o levantamento. Os setores financeiro e público, no entanto, foram os que sofreram mais ataques cibernéticos entre 2016 e 2017. Os serviços financeiros, no caso, responderam a 40% dos ataques – o que denota a importância da privacidade e proteção dos dados bancários por parte dos usuários.
As atividades da maioria das indústrias, independente do segmento, podem sofrer uma ampla variedade de ataques. Enquanto alguns malwares representam ataques direcionados que são voltados para uma organização específica, outros tentam infectar o maior número possível de dispositivos, comprometendo a segurança de redes inteiras ao longo do processo.
É importante reparar que, ao passo que expande as possibilidades de negócio dentro da empresa e amplia o acesso à informação, o livre uso de dispositivos móveis como uma ferramenta pode também atrair ameaças, tornando o sistema vulnerável. Por essa razão, é fundamental contar com suporte de empresas especializadas para a blindagem e proteção dos dados.