Top 8 tendências de cibersegurança para 2024
À medida que a tecnologia avança, somos desafiados a enfrentar um mundo cada vez mais complexo e imprevisível no campo da cibersegurança. Os ataques cibernéticos se tornam cada vez mais sofisticados e as regulamentações globais estão em constante mudança.
Você sabia que se o cibercrime fosse medido como um país, seria a terceira maior economia do mundo, depois dos EUA e da China? É o que revelou uma pesquisa do Cybersecurity Almanac de 2022.
Nesse contexto dinâmico e desafiador, exploraremos as tendências emergentes que moldarão o futuro da cibersegurança em 2024.
1. Escassez de profissionais
A demanda por profissionais altamente qualificados em segurança cibernética continua em 2024. Há uma lacuna enorme e crescente entre vagas e talentos disponíveis.
54% dos profissionais de segurança cibernética acreditam que o impacto da escassez de competências na sua organização piorou nos últimos anos.
Segundo relatório da Enterprise Strategy Group.
Aumentos salariais contínuos para aqueles que possuem a experiência necessária e maiores investimentos em programas de formação, desenvolvimento e melhoria de competências serão algumas apostas das empresas para lidar com essa escassez de profissionais da área.
2. IA generativa adotada em ambos os lados da batalha
Iremos presenciar ataques cada vez mais sofisticados e inteligentes alimentados por Inteligência Artificial.
81% das pessoas estão preocupadas com os riscos de segurança apresentados pelo chatbot de IA generativa ChatGPT, da OpenAI, enquanto só 7% acham que ele melhorará a segurança na internet.
Segundo uma pesquisa da Malwarebytes.
Atualmente, a Inteligência Artificial é indispensável para fortalecer a segurança cibernética em qualquer ambiente digital. Embora benéfica, tem sido explorada por hackers em ataques complexos, que incorporam IA, Machine Learning e outras tecnologias avançadas.
Portanto, a estratégia mais eficaz para combater ciberataques em 2024 é fortalecer as defesas com a mesma tecnologia empregada pelos hackers.
3. Ataques de phishing
Ataques de phishing continuarão sendo um desafio gigante para as empresas.
O phishing é uma forma comum de crime cibernético em que os criminosos buscam obter informações sensíveis, como senhas, dados bancários ou outras informações pessoais, fingindo ser uma organização legítima.
Lidar com essa situação dependerá em grande medida da conscientização de toda a organização, embora a implementação de IA e a adoção de modelos de confiança zero também desempenhem um papel cada vez mais importante.
Até 2024, 75% dos CEOs serão pessoalmente responsáveis por incidentes de segurança.
Segundo relatório do Gartner.
4. Segurança cibernética como estratégia de negócio
Em 2024, a cibersegurança será uma prioridade estratégica e não ficará mais isolada no departamento de TI. Segundo um relatório do Gartner, 40% dos conselhos de administração das empresas terão um comitê de segurança cibernética dedicado até 2025.
A pesquisa também previu que 70% dos conselhos incluirão pelo menos um membro com experiência na área até 2026.
Essa inclusão possibilitará ir além da defesa reativa, criando estratégias mais eficazes contra ameaças.
5. Zero Trust é a regra
O conceito de zero trust ganhou uma força significativa nos últimos anos. A abordagem de confiança zero afirma que é tudo uma questão de não confiar em nenhuma entidade dentro ou fora da rede. Ou seja, cada usuário é tratado como uma ameaça potencial, independentemente de sua localização.
Até 2026, 10% das grandes organizações terão um programa de Zero Trust maduro e mensurável.
Segundo relatório do Gartner.
Em 2024, esse modelo de segurança zero trust continuará sendo prioridade para proteger as empresas de ameaças internas, violações externas e movimentos laterais dentro da rede.
6. Autenticação multifator
Em 2024, veremos cada vez menos o uso de apenas senhas para autenticação.
A autenticação multifator será imprescindível para proteger contas e dados, adicionando uma camada extra de segurança ao exigir que todos os usuários forneçam informações que vão além de uma simples senha.
Além disso, as organizações podem configurar um sistema de autenticação multifator para enviar alertas sempre que houver a detecção de atividades suspeitas de login. Isso ajuda empresas a responder mais rapidamente a ataques cibernéticos, minimizando qualquer prejuízo.
7. Resiliência cibernética x segurança cibernética
Distinguir os dois termos será cada vez mais crucial em 2024.
Segundo previsão da Forbes, apesar do foco da segurança cibernética estar na prevenção de ataques, o crescente valor atribuído à resiliência por muitas organizações reflete a dura realidade de que, mesmo com a melhor segurança, não se pode garantir uma proteção de 100%.
As medidas de resiliência são concebidas para assegurar a continuidade das operações mesmo após uma violação bem-sucedida. Desenvolver a capacidade de recuperação ágil e, simultaneamente, minimizar a perda de dados e o tempo de inatividade permanecerá como uma prioridade estratégica em 2024.
8. Ataques cibernéticos patrocinados pelo Estado
Os ataques cibernéticos não são feitos apenas por hackers desonestos. Em 2024, podemos antecipar um aumento nos ataques cibernéticos e na espionagem patrocinados pelo Estado. A guerra na Ucrânia, por exemplo, nos mostrou que as operações militares caminharão de mãos dadas com operações de guerra cibernética.
“Uma ameaça que deverá ser mais comum no ano que vem serão os ataques realizados por Estados. Com o avanço das guerras, muitos Estados vão lançar ataques cibernéticos contra seus inimigos”, segundo Rodrigo Rocha, gerente de arquitetura de soluções na Compugraf. “A infraestrutura crítica, como sistemas de energia, comunicações, água e transporte, é frequentemente considerada um alvo. Comprometer esses sistemas pode causar impactos significativos em um país”, completa.
Os países precisarão fortalecer suas defesas de cibersegurança e cooperar em iniciativas internacionais.
Em resumo, as tendências de cibersegurança para 2024 destacam desafios crescentes, como a escassez de profissionais qualificados e o aumento de ataques sofisticados impulsionados por IA.
A evolução para uma abordagem de confiança zero, a ênfase na autenticação multifator e a distinção entre resiliência e segurança cibernética são essenciais.
A cibersegurança torna-se cada vez mais uma prioridade estratégica nas empresas, exigindo colaboração global para enfrentar ameaças, especialmente aquelas patrocinadas pelo Estado. Em 2024, a preservação da integridade digital requer inovação, educação e uma abordagem proativa para garantir a segurança em um mundo digital interconectado.
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