O Zero Trust Network Access (ZTNA) tornou-se um tema central – e um projeto prioritário – no universo da TI. E há boas razões para isso: 

Primeiro, as organizações estão cada vez mais comprometidas em adotar uma estratégia de Zero Trust, e o ZTNA é o ponto de partida natural para implantação de um programa de segurança desse tipo. 

Segundo, o modelo de trabalho remoto ou híbrido não é mais uma tendência temporária; ele veio para ficar. Isso torna imperativo substituir as antigas VPNs por soluções modernas de acesso seguro, projetadas para garantir operações flexíveis e sustentáveis a longo prazo. Terceiro, à medida que as estratégias de transformação digital e “cloud-first” evoluem, fica claro que métodos de acesso legados não atendem às necessidades de ambientes baseados em nuvem. 

Independentemente das motivações por trás das iniciativas de ZTNA, navegar em um mercado repleto de soluções pode ser desafiador. Apenas no guia de mercado do Gartner, há mais de 40 fornecedores listados. No entanto, nem todas as soluções ZTNA são criadas iguais. Aqui estão alguns fatores cruciais para ajudar a refinar sua escolha:

1. Plataforma é fundamental

Seja para habilitar o trabalho remoto, dar o primeiro passo rumo à segurança Zero Trust ou implementar uma arquitetura mais ampla como o Secure Access Service Edge (SASE), é essencial escolher um fornecedor com uma plataforma SSE (Security Service Edge) completa. Isso inclui um único agente, um console centralizado e um mecanismo de políticas unificado, além de suporte a ambientes multicloud.

A maioria das organizações opera em ambientes de nuvem híbrida ou multicloud, combinando data centers privados, nuvens públicas e aplicações SaaS. Além disso, os cenários estão sempre mudando. Projetos como a migração de sistemas ERP para a nuvem são cada vez mais comuns. Uma plataforma SSE integrada garante acesso Zero Trust consistente, políticas uniformes e uma experiência de usuário otimizada, independentemente da localização das aplicações.

2. Trabalho híbrido de qualquer lugar

Para viabilizar o trabalho remoto e híbrido de maneira eficaz, cobertura geográfica e desempenho são cruciais. Opte por fornecedores com uma rede global de data centers, mas não apenas pela quantidade – priorize aqueles que oferecem um stack completo de segurança em todas as regiões, com baixa latência e peering extensivo. Isso garante experiências superiores para usuários e aplicações.

É importante também trabalhar com fornecedores que ofereçam SLAs robustos para disponibilidade e desempenho, além de ferramentas como o Netskope Digital Experience Management (DEM), que monitoram o desempenho de redes e aplicações, oferecendo insights acionáveis.

3. Proteção de dados em todos os lugares

Sua solução ZTNA deve identificar o uso de dados, monitorar atividades suspeitas, aplicar políticas avançadas de DLP e ajustar acessos com base em riscos. Aplicações privadas acessadas por ZTNA frequentemente contêm dados altamente sensíveis. Certifique-se de escolher soluções que ofereçam inspeção de tráfego e aplicação de políticas para proteger essas informações.

4. Simplicidade nas políticas

Uma plataforma SSE integrada permite configurar identidades e políticas de forma unificada, economizando tempo e reduzindo complexidade. Soluções que ainda dependem de VPNs ou firewalls tradicionais podem atrapalhar a agilidade necessária para algumas iniciativas da empresa.

5. Integração com terceiros

Soluções ZTNA eficazes devem se integrar facilmente com sistemas de terceiros, para trocar informações que podem gerar pontuações de risco dos usuários e automatizar respostas adaptativas. Uma integração robusta com serviços de diretório de terceiros, por exemplo, permite ajustar permissões em tempo real com base no risco do usuário ou dispositivo.

6. Planejamento para o futuro

O mercado de ZTNA está em constante evolução e é esperado que passe por consolidações significativas nos próximos anos. Escolha fornecedores com visões alinhadas às suas necessidades atuais e futuras. Transformar digitalmente é uma jornada contínua, assim como implementar Zero Trust.