A RSA Conference 2025 deixou claro: não basta proteger usuários — é preciso também proteger as identidades das máquinas. Um dos destaques do evento foi justamente a discussão sobre a segurança de APIs e a gestão de chaves e certificados, apontada como uma das maiores fragilidades das infraestruturas modernas.
Afinal, basta uma única chave de API exposta para comprometer todo o ambiente.
E quando falamos de APIs, falamos da espinha dorsal da comunicação digital. Aplicações, scripts, containers e serviços em nuvem dependem de APIs para funcionar. Mas cada chamada de API feita sem proteção adequada pode se tornar um risco existencial para o negócio.
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O problema: credenciais estáticas em um mundo dinâmico
Boa parte das empresas ainda utiliza API Keys estáticas — códigos simples, semelhantes a senhas, embutidos diretamente no código-fonte. Esse tipo de credencial é fácil de usar, mas também fácil de vazar, reutilizar e explorar.
Imagine um atacante que encontra uma chave esquecida em um commit público no GitHub. A partir dali, ele pode:
- Acessar repositórios internos;
- Escalar privilégios dentro da infraestrutura;
- Mover-se lateralmente entre sistemas;
- E por fim, obter acesso a dados críticos ou ambientes de produção.
Isso não é hipótese. São histórias reais que já aconteceram em diversas empresas globais.
Se no mundo físico usamos crachás, passaportes ou cartões para autenticar pessoas, no mundo digital precisamos aplicar o mesmo conceito para identidades de máquinas — como aplicações, containers e serviços.
A chave está em quatro princípios:
Eliminar segredos hardcoded
Nenhuma chave ou certificado deve estar embutido diretamente no código. Isso vale para repositórios, arquivos de configuração e até mensagens de erro.
Usar credenciais efêmeras e com tempo de vida definido
Quanto menor a validade de uma chave, menor a janela de ataque. Automatize a rotação com políticas de curta duração.
Preferir autenticação baseada em certificados (PKI)
Certificados permitem autenticação mútua sem expor segredos na comunicação, além de oferecerem camadas adicionais como criptografia, expiração e revogação.
Controlar o acesso com base em identidade e contexto
Adote o princípio do menor privilégio e forneça acessos “just-in-time”, apenas durante a janela de necessidade — eliminando privilégios permanentes.
Visibilidade e governança: os pilares invisíveis da segurança
Você só pode proteger o que conhece. Por isso, é fundamental:
- Ter descoberta contínua de chaves e certificados em nuvem e clusters Kubernetes;
- Aplicar governança centralizada sobre o ciclo de vida desses ativos (emissão, rotação, expiração, revogação);
- E adotar autenticação forte e autorização granular, auditável e baseada em risco.
APIs são o coração da transformação digital — mas podem se tornar o calcanhar de Aquiles da segurança se forem negligenciadas. Proteger chaves, certificados e identidades de máquina com a mesma atenção que se dá aos usuários humanos é o novo padrão para evitar ataques silenciosos, persistentes e devastadores.
A boa notícia? Com visibilidade, automação e governança, é possível garantir segurança sem comprometer a agilidade do desenvolvimento.
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Na CG One, levamos a sério a proteção de identidades de máquinas. Trabalhamos com as soluções líderes de mercado para garantir segurança em cada etapa do ciclo de vida de chaves, certificados e credenciais. Somos parceiros oficiais da CyberArk — referência global em Identity Security — e ajudamos empresas a implementarem estratégias robustas para proteger suas APIs, automatizar a gestão de segredos e reduzir riscos em ambientes cada vez mais complexos e distribuídos.
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