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O custo oculto dos falsos positivos: como eles afetam sua resposta a incidentes em cibersegurança

Quando o excesso de zelo vira risco silencioso

Em ambientes corporativos cada vez mais digitalizados e distribuídos, os falsos positivos em alertas de segurança deixaram de ser apenas um incômodo. Eles se tornaram um risco estratégico. Para líderes de tecnologia como CISOs, CIOs, CTOs e especialistas em segurança da informação, compreender o impacto real dessas ocorrências é fundamental para fortalecer a maturidade da resposta a incidentes e garantir a eficiência dos investimentos em cibersegurança.

O que são falsos positivos e por que eles são um problema?

Um falso positivo ocorre quando uma ferramenta de segurança identifica uma atividade como maliciosa quando, na verdade, ela é legítima. Embora isso pareça um “erro perdoável”, na prática ele gera uma cascata de problemas:

  • Desperdício de tempo analítico: profissionais de SOC e analistas de nível 1 e 2 são desviados de ameaças reais para investigar eventos inofensivos.
  • Cansaço de alerta (alert fatigue): a saturação causada por notificações irrelevantes reduz a capacidade de resposta a incidentes reais.
  • Risco de normalização do anormal: quando muitos alertas são descartados automaticamente, aumenta a chance de um ataque real ser ignorado.
  • Elevação de custos operacionais: mais horas-homem, mais processos manuais, mais investimentos mal direcionados.
  1. A resposta a incidentes depende de três pilares: tempo, precisão e contexto. Os falsos positivos corroem todos eles:

    1. Tempo

    Segundo benchmarks de mercado, o tempo médio para triagem de um alerta gira entre 15 a 45 minutos. Imagine multiplicar isso por centenas de alertas irrelevantes por dia.

    1. Precisão

    A taxa de acerto de detecção cai drasticamente quando o time se vê obrigado a filtrar manualmente o que é ou não legítimo. Isso prejudica diretamente o SLA de resposta e aumenta o tempo médio para contenção.

    1. Contexto

    Falsos positivos roubam o foco da análise de correlação de eventos e do entendimento mais amplo da superfície de ataque. Em ambientes multicloud ou híbridos, isso significa trabalhar no escuro.

Por que os falsos positivos são tão frequentes?

Mesmo com SIEMs e plataformas de EDR modernas, os falsos positivos continuam presentes devido a diversos fatores técnicos:

  • Regras de detecção genéricas ou mal calibradas
  • Falta de integração entre fontes de dados
  • Modelos de ML subtreinados
  • Ambientes com alta volatilidade de endpoints e workloads

Além disso, muitas organizações ainda operam com playbooks estáticos, que não se adaptam ao comportamento real do ambiente, gerando alertas redundantes ou sem contexto.

Como mitigar falsos positivos sem comprometer a vigilância?

  1. Refino contínuo das regras de correlação

A engenharia de detecção precisa ser encarada como uma prática contínua. Revisar e ajustar regras com base em incidentes anteriores e ameaças emergentes reduz drasticamente o ruído.

  1. Automação inteligente e uso de SOAR

Automatizar a triagem inicial com playbooks dinâmicos e decisões baseadas em contexto ajuda a priorizar alertas de alto risco e descartar falsos positivos com mais confiança.

  1. Enriquecimento de dados com Threat Intelligence

A integração com feeds de inteligência de ameaças permite decisões mais assertivas ao analisar indicadores de comprometimento (IOCs).

  1. Uso de IA generativa para triagem

Soluções que incorporam IA generativa e LLMs (Large Language Models) no SOC já começam a mostrar valor ao resumir, correlacionar e contextualizar alertas, aliviando o analista humano e reduzindo o tempo de resposta.

Isso consome tempo da equipe, fragiliza a governança de certificados e compromete o processo de renovação automatizada. Em um cenário de certificados de 47 dias, esse gargalo pode ser fatal. 

O verdadeiro custo: além dos números

Empresas que subestimam o impacto dos falsos positivos pagam caro. Os prejuízos não estão apenas no OPEX do time de segurança. Estão na exposição prolongada a ameaças reais, na quebra de confiança interna e na falsa sensação de proteção.

Reduzir falsos positivos não é sobre “silenciar” alertas. É sobre garantir que os alarmes certos soem com a devida urgência — e que o time esteja pronto para agir com precisão.

Responder melhor começa com alertar melhor

A maturidade em resposta a incidentes não se mede apenas pelo tempo de contenção, mas pela qualidade da triagem e da relevância dos alertas processados. Combater os falsos positivos é uma medida estratégica para equipes de segurança que querem escalar sua eficiência e proteger os ativos mais críticos com inteligência, foco e agilidade.

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