CG One

Imprensa

Insights valiosos para ajudar a proteger o seu negócio.

Discord: criminosos abusam de meninas menores de idade, revela investigação

Discord: criminosos abusam de meninas menores de idade, revela investigação

Um território sem lei, onde predadores estão à caça de menores de idade. É assim que a reportagem do Fantástico, que foi ao ar no último domingo (25), descreveu o Discord, um aplicativo popular entre adolescentes.

Para quem tem pressa:

  • Uma reportagem do Fantástico, que foi ao ar no último domingo (25), descreveu o Discord como um território sem lei, onde predadores estão à caça de menores de idade;
  • Criminosos utilizam a insegurança dessa plataforma em relação a crianças e adolescentes para praticar crimes gravíssimos contra meninas, segundo a promotora Maria Fernanda Balsalobra;
  • Esses criminosos “são sádicos, misóginos, eles têm um asco, um avesso por mulheres”, descreveu o delegado Fábio Pinheiro Lopes;
  • As vítimas são chantageadas a cumprir desafios – se não aceitarem, fotos íntimas são vazadas;
  • Entre os desafios, estavam até automutilações;
  • Um dos criminosos está preso desde abril.

“É importante que fique muito claro que não se trata de desafios que estão sendo praticados por adolescentes. Tratam-se de criminosos, a grande maioria maiores de idade, que utilizam a insegurança dessa plataforma em relação a crianças e adolescentes para praticar crimes gravíssimos contra essas meninas.” – Maria Fernanda Balsalobra, promotora

Já o delegado Fábio Pinheiro Lopes descreveu, resumidamente, o perfil desses criminosos: Eles são sádicos, misóginos, eles têm um asco, um avesso por mulheres.

Em abril, outra reportagem do programa da Globo mostrou como o Discord havia virado uma ferramenta para envolver jovens num submundo de violência extrema.

Como os crimes ocorrem no Discord

O aplicativo permite que as pessoas se comuniquem em transmissões ao vivo de vídeos dentro da plataforma. Na prática, a vítima passa a ser chantageada a cumprir desafios. Se ela não aceitar, fotos íntimas dela são vazadas.

Um dos criminosos tem vários aparelhos de armazenamento e revela uma coleção cruel: “backup das vagabundas estupráveis”. Em cada pasta, o nome de uma vítima. São dezenas de meninas violadas, chantageadas, expostas e catalogadas.

Os agressores se sentem protegidos pelo anonimato, o que os tornam cada vez mais cruéis. Um deles era Izaquiel Tomé dos Santos, conhecido como Dexter. Ele está preso desde abril.

No Discord, ele disse a uma adolescente: ajoelha, se prostra para mim, eu sou a p*** de um deus para você agora. Você é uma vagabunda que merece sofrer mesmo.

Há denúncias de dez vítimas. São fotos de meninas nuas, mutiladas com uma dolorosa assinatura: o nome Dexter escrito com lâmina na pele.

Investigações

À Polícia Federal, “Dexter” admitiu ter chantageado garotas para que elas se mutilassem. “Elas tinham que esconder isso da família, principalmente as lesões [cortes] que elas mantinham no corpo”, explicou o delegado João Rocha.

Além das dez vítimas localizadas pela PF, o Fantástico encontrou outras cinco.

“A gente espera que os pais conversem preventivamente, busquem se os filhos têm alguma lesão, se ficam muito tempo dentro do quarto. O diálogo é importante”, ressaltou o delegado.

Na última sexta-feira (23), a polícia prendeu dois criminosos que agiam na plataforma e identificaram mais um, Carlos Eduardo, conhecido como DPE, que está foragido.

Além da responsabilização individual dos agressores, o Ministério Público de São Paulo investiga o próprio Discord.

“Nós estamos apurando, através de um inquérito civil, a falta de segurança da plataforma Discord. Crimes individuais sempre vão ocorrer na internet. O que diferencia é a detecção de que nessa plataforma está ocorrendo um discurso estruturado de ódio. Um local propício para que eles planejem ataques às vítimas e, principalmente, transmitam o conteúdo do crime.” – Danilo Orlando, promotor de Justiça de São Paulo

Contexto

O especialista em estudos da criança Hugo Monteiro Ferreira realizou uma pesquisa sobre a atual condição social e emocional de adolescentes e crianças. Ele entrevistou mais de três mil pessoas.

“Eu nominei como ‘geração do quarto’. Você tinha um fenômeno que já ocorria, e a pandemia colocou uma tonelada sobre esse fenômeno. Quando eu vou para o mundo da internet, presencio pessoas que querem me manipular, presencio elementos de violência. Eu aprendo a me suicidar, aprendo a atacar escolas, aprendo a como é me autolesionar.” – Hugo Monteiro Ferreira, especialista em estudos da criança.

Já a jornalista Letícia Oliveira monitora grupos de ódio e violência nas redes sociais há dez anos. “Cada vez mais, elas vão vendo conteúdo mais extremo e isso acaba levando elas a cometerem atrocidades, porque elas estão tão dessensibilizadas, estão tão acostumadas com a violência. É urgente que a gente entenda o que está acontecendo para tentar mudar isso”.

Outro lado

O porta-voz do Discord disse, em entrevista ao Fantástico, que a plataforma “não tolera comportamento odioso”.

“Nós somos um produto gratuito para mais de 150 milhões de usuários ao redor do mundo, e de tempos em tempos, conteúdo mau e comportamento mau vão acontecer. Nós trabalhamos ativamente para remover esse conteúdo. Gostaria de enfatizar que a vasta maioria das interações de brasileiros usando Discord são positivas e saudáveis. Nós somos proativos e investigamos grupos que podem estar envolvidos em ameaças a crianças e trabalhamos para tirar esses agentes ruins da plataforma.” – Porta-voz do Discord

Com informações do Fantástico.

Para mais conteúdos e notícias sobre cibersegurança, acompanhe o Blog da Compugraf.

Leia outras matérias

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed eu ipsum arcu. Curabitur nibh enim, pulvinar ut dignissim sit amet, tincidunt sit amet enim. Maecenas eget leo volutpat, ornare augue in, tincidunt nunc.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed eu ipsum arcu. Curabitur nibh enim, pulvinar ut dignissim sit amet, tincidunt sit amet enim. Maecenas eget leo volutpat, ornare augue in, tincidunt nunc.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed eu ipsum arcu. Curabitur nibh enim, pulvinar ut dignissim sit amet, tincidunt sit amet enim. Maecenas eget leo volutpat, ornare augue in, tincidunt nunc.

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Sed eu ipsum arcu. Curabitur nibh enim, pulvinar ut dignissim sit amet, tincidunt sit amet enim. Maecenas eget leo volutpat, ornare augue in, tincidunt nunc.